quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Chega a 14 o número de militares brasileiros mortos no Haiti; quatro estão desaparecidos

Corpos devem chegar ao Brasil neste fim de semana

Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil
















Por Edimon Teixeira


Subiu para 14 o número de militares brasileiros mortos no Haiti, depois de um terremoto de 7 graus na escala Richter que devastou a cidade de Porto Príncipe, na terça-feira, 12. Quatro militares ainda estão desaparecidos e outros 14 ficaram feridos.

O Comando do Exército brasileiro divulgou em comunicado na manhã desta quinta-feira o nome de seus 14 membros mortos no terremoto que devastou a capital do Haiti, Porto Príncipe, onde os militares cumpriam missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas).

Segundo o comunicado do Exército, os 14 militares mortos na tragédia são: Bruno Ribeiro Mário (1º tenente); Davi Ramos de Lima (2º Sargento); Leonardo de Castro Carvalho (2º Sargento); Rodrigo de Souza Lima (3º Sargento); Douglas Pedrotti Neckel (cabo); Washington Luis de Souza Seraphin (cabo); Tiago Anaya Detimermani (soldado); Antonio José Anacleto (soldado); Felipe Gonçalves Julio (soldado); Rodrigo de Souza Lima (soldado); Emílio Carlos Torres dos Santos (coronel); Arí Dirceu Fernandes Júnior (cabo); Kleber da Silva Santos (soldado); Raniel Batista de Camargos (subtenente).

Outros quatro militares ainda estão desaparecidos: João Eliseu Souza Zanin (coronel); Marcus Vinicius Macedo Cysneiros (tenente coronel); Francisco Adolfo Vianna Martins Filho (major); Márcio Guimarães Martins (major).

A lista de vítimas brasileiras inclui ainda Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista, fundadora da Pastoral da Criança. Zilda estava em Porto Príncipe, capital do Haiti, para uma missão humanitária e faria uma palestra nesta quarta-feira.

Os corpos dos 14 militares brasileiros mortos devem ser trasladados ao Brasil neste fim de semana, informou o Ministério de Relações Exteriores brasileiro. No entanto, antes de serem trazidos, os corpos serão submetidos à necropsia em território haitiano.

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou ontem ao país para coordenar a ajuda brasileira às vítimas do terremoto. Após ouvir o relato de comandantes militares brasileiros, Jobim disse que a intenção do governo brasileiro é montar hospitais de campanha para atender os feridos.

De acordo com o comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), o general brasileiro Floriano Peixoto Vieira, os militares brasileiros ainda não conseguiram chegar às vítimas.

"Nosso primeiro trabalho foi usar a engenharia para desobstruir as principais vias da cidade. Mas ainda não conseguimos chegar para ajudar. Não temos condição de avaliar o número de mortos. Sabemos que é uma quantidade muito elevada", disse o comandante.

O comandante Floriano Peixoto disse a Jobim que, no momento, o país precisa de água, remédios e equipamentos pesados de engenharia para remover os escombros, além de médicos e engenheiros. "Precisamos desses equipamentos com urgência para tentar salvar pessoas que estão vivas debaixo dos escombros", afirmou.

Há cerca de 1.310 brasileiros no Haiti, dos quais cerca de 50 são civis. O Brasil possui 1.266 militares na missão de paz da ONU, enviados ao país depois de uma sangrenta rebelião, em 2004, que sucedeu décadas de violência e pobreza.

Com informações de agências internacionais

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