terça-feira, 20 de abril de 2010

Vice-prefeito de Embu-Guaçu é preso por falsidade ideológica














O médico, que atua também como secretário de saúde do município, foi detido no próprio gabinete, e deve responder também por exercício ilegal da profissão. É a segunda prisão em pouco mais de um mês

Edimon Teixeira

O vice-prefeito de Embu-Guaçu (Grande São Paulo), o médico Fernando Branco Sapede, 47, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (19), no gabinete dele, por falsidade ideológica e exercício ilegal da função. Ele é acusado de ceder o registro médico para Rodrigo Olmedo, que trabalhava na clínica particular do médico.

Denúncia anônima levou a polícia a investigar o caso, e constatou que há oito meses Olmedo atendia na clínica do médico e a assinava o receituário com número do CRM (Conselho Regional de medicina) do vice-prefeito e fornecia atestados e receitas em nome de Sapede. Olmede estudou medicina na Venezuela, mas não tem permissão para exercer a profissão no Brasil.

Dentro da clínica, os policiais encontraram o carimbo do vice-prefeito em cima da mesa, segundo nota da Secretaria de Segurança Pública.O falso médico informou à polícia que tinha um acordo com Sapede para usar o carimbo e trabalhar na clínica dele enquanto tentava tirar o registro de médico no país.

Os dois acusados passaram a noite na carceragem da Delegacia Seccional de Taboão da Serra. Os indiciados devem ser transferidos nesta terça feira para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra.

De acordo com Erasmo Pedroso filho, delegado responsável pelo caso, a pena pelo crime de falsidade ideológica é de um a três anos de prisão, por ser documento particular, e o de exercício ilegal da função de seis meses a dois anos de detenção.

Embriaguez ao volante

É a segunda vez, em pouco mais de um mês, que o vice-prefeito de Embu-Guaçu, o também médico e secretário de saúde do município, Fernando Branco Sapede, 47, é preso. Ele foi detido em 06/03 pela polícia suspeito de dirigir embriagado e atropelar um ciclista.

Na delegacia do município, ele chegou a afirmar às autoridades que havia bebido antes de dirigir, mas se negou a fazer exame de sangue ou bafômetro. Constatou-se que o IPVA do carro do vice-prefeito estava atrasado desde 2006.

À época, o Sapede negou ter perdido o controle do carro, e disse que rapaz desceu uma rampa e colidiu com a lateral do automóvel.

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